© Reuters. Gigantes da banca usados como plataforma para fraude
O branqueamento de capitais é a narrativa comum de alguns dos segredos mais bem guardados do sistema bancário internacional, que deixaram de o ser.
Entre 1999 e 2017, gigantes da banca como o alemão Deutsche Bank (DE:), o britânico HSBC (LON:), ou o norte-americano JPMorgan (NYSE:) Chase, entre outros, constaram de um enredo que aparentemente é feito de atores principais.
Documentos da agência federal americana FinCEN (FinCEN Files), divulgados no portal americano Buzzfeed e no website da BBC e partilhados pelo Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação revelam como criminosos aproveitaram, durante anos a fio, fragilidades aparentes da banca para movimentar biliões de euros.
Dos arquivos da FinCEN, responsável por processar e reencaminhar suspeitas sobre potenciais esquemas de lavagem de dinheiro, constam mais de dois mil “relatórios de atividades suspeitas”, até para os próprios bancos.
Alguns deles, já processados ou multados por má conduta financeira, enriqueceram durante a moldura temporal invocada, distribuindo dividendos pelos acionistas. Na prática, acabaram por servir de plataforma de uma rede invisível, crescendo embalados pelo impulso de cartéis de droga, redes terroristas ou com a acumulação de fortunas desviadas de países em desenvolvimento, por exemplo.