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LISBOA, 15 Fev (Reuters) – O outrora crescente sector do turismo em Portugal sofreu no ano passado os seus piores resultados desde meados da década de 1980, com a pandemia do coronavírus e subsequentes confinamentos em todo o mundo a deixar os aviões em terra e a manter os visitantes afastados, mostraram dados oficiais na segunda-feira.
O Instituto Nacional de Estatística (INE) disse que pouco menos de 4 milhões de turistas estrangeiros permaneceram em hotéis portugueses em 2020, uma queda de quase 76% em relação a um recorde de 16,4 milhões em 2019, enquanto o número de dormidas de não-residentes caiu 75% para 12,3 milhões, o seu nível mais baixo desde 1984.
O turismo desempenhou um papel crucial na recuperação de Portugal após a crise económica e da dívida de 2010.
As dormidas dos britânicos, um dos maiores mercados estrangeiros do país, caíram mais de 78% em relação a um ano antes. Houve também uma queda maciça nos mercados chinês e americano, diminuindo 82% e 87% respectivamente.
As receitas totais da hotelaria caíram 66% no ano passado, disse o INE, parcialmente amortecidas pelo turismo local.
O governo disse estar a preparar um pacote de apoio ao sector, incluindo prazos de reembolso de empréstimos atrasados, instrumentos de dívida para capital e subvenções, depois da associação hoteleira portuguesa ter avisado que poderiam perder-se mais 100.000 empregos em 2021 se não recebesse apoio específico. país com pouco mais de 10 milhões de pessoas, Portugal teve um desempenho melhor do que outras nações da Europa na primeira vaga da pandemia, mas 2021 trouxe um surto devastador de infecções e mortes, forçando a imposição de um confinamento rigoroso no mês passado.
Cerca de 15.321 pessoas morreram de COVID-19 em Portugal, com infecções acumuladas a 785.756.
Portugal prorrogou no sábado uma suspensão dos voos de e para o Brasil e Grã-Bretanha até 1 de Março, sendo apenas permitidos voos humanitários e de repatriamento. integral em inglês: Catarina Demony; Editado por Andrei Khalip e Mark Heinrich; Traduzido para português por Patrícia Vicente Rua)