‘Yields’ zona euro permanecem baixas com expectativas de estímulos do BCE


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LONDRES, 27 Nov (Reuters) – Os rendimentos do Bund alemão a 10 anos foram negociados perto de mínimos de duas semanas na sexta-feira, com expectativas de mais estímulos monetários por parte do Banco Central Europeu, enquanto que os rendimentos das obrigações do Tesouro a 10 anos de Portugal estavam perto de quebrar abaixo de zero.

O BCE comprometeu-se, em Outubro, a continuar a sua flexibilização em Dezembro, o que sustentou as obrigações do tesouro da zona euro nas últimas semanas. Os movimentos têm sido silenciados desde que as obrigações recuperaram de um ‘selloff’ em torno das vacinas contra o coronavírus.

Os comentários do economista-chefe do BCE Philip Lane na quinta-feira sobre a inflação e a acta da reunião de Outubro do banco aumentaram as expectativas de mais estímulos.

O rendimento das obrigações do governo alemão a 10 anos de referência foi negociado pela última vez a -0,586% , não muito longe do mínimo de duas semanas de -0,592% que atingiu na segunda-feira.

Os rendimentos em outros mercados centrais e mercados periféricos também seguem pouco alterados. O rendimento das obrigações do Estado a 10 anos de Portugal foi negociado pela última vez a 0,015% , depois de ter caído tão baixo como 0,007% no dia anterior.

O rendimento a 10 anos de Portugal esteve perto de entrar em território negativo pela primeira vez no Refinitiv e já o tinha na Bloomberg e Tradeweb. A ‘yield’ a 10 anos negociava mais alta na sexta-feira do que na quinta-feira, disseram os traders.

“Não ficaria surpreendido se houvesse um pouco de lucro por parte das pessoas que possuem os títulos”, disse Andy Cossor, estratega de taxas no DZ Bank em Frankfurt. “Tiveram uma boa corrida e, chegando ao final do mês, estão a entrar num mês mais calmo, Dezembro”.

“Eu diria que os gestores de fundos estão convencidos de que zero, ou muito perto disso, é o piso para as ‘yields’ portugueses”, disse Cossor. Texto integral em inglês: Olga Cotaga; Traduzido para português por Patrícia Vicente Rua)