Bancos portugueses conseguem lidar com fim congelamento dos empréstimos -chefe banco central


© Reuters.

LISBOA, 13 Mai (Reuters) – O chefe do banco central português disse na quinta-feira que estava confiante que o fim das moratórias de empréstimos em Setembro não causaria problemas para o sector bancário após a primeira prestação de reembolsos ter passado em Abril sem problemas significativos.

Os reembolsos de empréstimos no valor de 3,7 mil milhões de euros (4,47 mil milhões de dólares), uma pequena parte dos 44 mil milhões de euros em empréstimos congelados desde Março passado para ajudar indivíduos e empresas a resistir ao impacto da pandemia, começaram a ser pagos em Abril. Todos os empréstimos devem ser reembolsados na sua totalidade até 30 de Setembro.

O congelamento do reembolso tinha como objectivo evitar um salto no crédito mal parado.

“O fim das moratórias em Abril evoluiu sem qualquer problema notório que tivesse sido identificado ou relatado pelos bancos”, disse o governador do banco central, Mario Centeno, numa conferência de imprensa.

“Os bancos estão a trabalhar e penso que as condições estão criadas para que, tal como noutros países, Portugal possa gerir a transição e o fim destas moratórias”, disse Centeno.

A quota dos bancos portugueses nos empréstimos não produtivos (NPLs), que atingiu um pico de 17,9% em meados de 2016, desceu para 4,9% no ano passado, contra 6,2% em 2019, mas continua a ser cerca do dobro da média europeia.

($1 = 0,8280 euros)

Texto integral em inglês: Sergio Goncalves; Traduzido para português por Patrícia Vicente Rua)