Bancos portugueses têm de aumentar capital e reduzir crédito mal parado, diz Centeno


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LISBOA, 5 Mai (Reuters) – Os bancos portugueses devem continuar a aumentar o seu capital e a reduzir o seu ‘stock’ de créditos não produtivos (NPLs), apesar das pressões esperadas decorrentes do desmantelamento gradual das medidas de apoio devido à COVID-19, afirmou o governador do Banco de Portugal, Mário Centeno, esta quarta-feira.

Disse que a importância de “ter um sistema bancário estabilizado e capitalizado” foi demonstrada em 2020, altura em que os bancos portugueses reforçaram os seus rácios de capital durante a pandemia.

A sua média do rácio de ‘common equity Tier 1’ atingiu 15,4% em Dezembro passado, face a 14,8% um ano antes. Embora a parte de créditos não produtivos tenha caído para 4,9% de todos os empréstimos, de 6,2% em 2019 (e um pico de 17,9% em meados de 2016), isso ainda é cerca de duas vezes a média europeia.

Centeno disse que haverá pressão de créditos mal parados “nas próximas fases da crise”, quando as medidas de apoio, como empréstimos maciços apoiados pelo Estado e as moratórias dos empréstimos a empresas e famílias, começarem a ser eliminados, o que terá impacto nos rácios de capital.

Texto integral em inglês: (Reportagem de Sérgio Gonçalves, Traduzido para português por João Manuel Maurício Gdansk Newsroom)