Comissão apresenta projeções do orçamento 2021-2027


© Reuters.

A Comissão Europeia divulgou as projeções das contribuições nacionais para o próximo orçamento a longo prazo da União Europeia, de 2021 a 2027.

Como seria de esperar, o Brexit e a saída do Reino Unido significará um aumento das contribuições dos restantes Estados-membros, mas apenas cerca de um oitavo desse incremento.

Os principais fatores na subida são a inflação, as prioridades reforçadas do bloco comunitário e o crescimento real de cada país. Assim, a Alemanha, que mais cresceu, passará a pagar mais 7 mil milhões de euros do que no orçamento anterior, enquanto a Grécia, Itália e Portugal, que passaram por crises económicas, apenas terão aumentos de 200 a 360 milhões de euros, em relação ao período 2014-2020.

A União Europeia prepara-se também para uma batalha sobre outra parte do orçamento, que toma em consideração as propostas da Alemanha, da Comissão e da Finlândia – que assegura atualmente a presidência rotativa – para reduzir os fundos de coesão e impôr condições que iriam predeterminar as áreas de investimento.

Os países do Leste e Sul, principais beneficiários das ajudas, consideram que isso faria com que “os pobres ficassem mais pobres e os ricos mais ricos”.