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Esta livraria, em Veneza, foi um dos muitos estabelecimentos comerciais que não escapou às graves inundações que assolaram a cidade das gôndolas. Abriu portas há 18 anos e até tinha um sistema para tentar driblar catástrofes com esta, mas que de nada valeu:
“Temos uma banheira e uma gôndola que deviam proteger os livros, mas que não ajudaram nada”, explica Lino Frizzo, o dono da referida livraria.
Com milhares de livros ensopados, o prejuízo aqui ascendem a 150 mil euros.
Mas em geral, e por agora, o valor dos danos é ainda difícil de calcular. O presidente da câmara de Veneza estima os prejuízos, até agora, em pelo menos mil milhões de euros.
O governo italiano tinha já decretado o estado de emergência na cidade. 20 milhões de euros foram já disponibilizados para resolver os problemas mais prementes.
Veneza tornou-se no símbolo do turismo excessivo com 55 mil residentes e 36 milhões de visitantes por ano.
Uma faca de dois gumes para a cidade. Se por um lado, a sobrelotação causa sérios danos ambientais, os navios de cruzeiro são exemplo disso, o turismo resulta na criação de dezenas de milhares de empregos e no apoio à economia local.