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Na despedida de Mario Draghi do comando do Banco Central Europeu, o Presidente francês e a chanceler alemã saudaram a ação decisiva do italiano no BCE para salvar a moeda comum, apesar das críticas de que é alvo e as divisões internas que deixa à sucessora Christine Lagarde.
“Lembro-me de julho de 2012: “dentro do nosso mandato, o BCE está pronto para fazer o que for necessário para preservar “. Esta é talvez uma das suas frases mais famosas que será lembrada do seu mandato,” recordou a chanceler alemã, Angela Merkel.
O Presidente francês, Emmanuel Macron, destacou as decisões de Draghi para estimular a recuperação de crédito e impedir o risco de deflação na zona euro.
” “Custe o que custar.” São palavras que de forma veemente e simples descrevem a irreversibilidade do euro enfrentando os mercados financeiros que se acreditava serem incontroláveis,” realçou Macron.
Christine Lagarde, ex-diretora do Fundo Monetário Internacional e agora Presidente do Banco Central Europeu, reconheceu o envolvimento de Mario Draghi com o projeto europeu
“Agora, para quem o conhece, Mario, acho que é muito claro que tudo o que você fez é um compromisso genuíno com o povo da Europa,” declarou Christine Lagarde.
Na despedida, Draghi transmitiu uma forte mensagem pró-europeia e pediu que fosse intensificado e apoiado o crescimento económico.
“Trabalharmos juntos permite-nos proteger os nossos interesses na economia mundial, resistir à pressão das potências estrangeiras, influenciar regras globais, refletir os nossos padrões. Num mundo globalizado, partilhar soberania é uma maneira de recuperar a soberania,” afirmou o presidente cessante do BCE, Mario Draghi.
Quase 400 convidados compareceram à cerimónia de passagem de testemunho entre o Draghi e Lagarde na sede do Banco Central Europeu, em Frankfurt.