NOVA 1-Portugal coloca 1.000 ME Bilhetes Tesouro a 3 e 11 meses, taxas mais negativas


© Reuters. NOVA 1-Portugal coloca 1.000 ME Bilhetes Tesouro a 3 e 11 meses, taxas mais negativas

(Acrescenta com comentário de Filipe Silva, Diretor de Gestão de Ativos do Banco Carregosa)

LISBOA, 21 Ago (Reuters) – Portugal colocou o montante máximo indicativo de 1.000 milhões de euros (ME) de Bilhetes do Tesouro (BT), a três e 11 meses, com taxas mais negativas, espelhando a abundante liquidez, segundo a Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública-IGCP.

Adiantou que colocou 250 ME no prazo mais curto e 750 ME no mais longo. O montante indicativo global das duas emissões situava-se entre 750 e 1.000 ME.

Os Bilhetes do Tesouro a três meses foram colocados à taxa média ponderada de -0,563% contra -0,425% no anterior leilão e a colocação dos títulos a 11 meses foi feita à taxa média de -0,557% versus -0,431%.

“Portugal volta a ver mínimos históricos nos leilões de dívida de curto prazo”, realçou Filipe Silva, Diretor de Gestão de Ativos do Banco Carregosa.

Adiantou que “os receios de uma possível recessão e um discurso mais cauteloso por parte dos bancos centrais tem levado os prémios de risco da dívida soberana mundial para mínimos sem precedentes”.

“A possibilidade de termos novas medidas de estímulo para as economias, para fomentarem o crescimento e inflação, continuam a suportar esta tendência”, frisou.

A procura na maturidade mais curta excedeu a oferta em 4,36 vezes, enquanto na mais longa o rácio ‘bid to cover’ situou-se em 2,05 vezes.

No mercado secundário de dívida, a ‘yield’ das obrigações do tesouro de Portugal a 10 anos PT10YT=TWEB segue a negociar nos 0,17 pct, contra 0,12 pct no último fecho.

“O cenário atual tem vindo a ser muito benéfico para Portugal pois tem vindo a permitir reduzir o custo médio da nossa dívida”, afirmou o Diretor de Gestão de Ativos do Banco Carregosa.

(Por Patrícia Vicente Rua; Editado por Sérgio Gonçalves)