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A Organização Mundial de Comércio (OMC) autorizou formalmente os Estados Unidos a colocarem taxas de importação até 7,5 mil milhões de dólares – cerca de 6,8 mil milhões de euros – a produtos de países da União Europeia.
A decisão surde no âmbito da longa contenda que há 15 anos opõe Washington a Bruxelas pelo financiamento irregular das maiores construtoras aéreas: a norte-americana Boeing (NYSE:) e a europeia Airbus.
As novas taxas entram em vigor na próxima sexta-feira, 18 de outubro, e vão aplicar-se sobretudo aos países que financiaram diretamente a Airbus – França, Espanha e Alemanha -, mas Portugal também será penalizado.
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Os setores da aviação civil e da agricultura serão os mais afectados.
Para Juan Tugores, professor de Economia da Universidade de Barcelona, “a administração trump está a tentar utilizar astaxas para neutralizar ameaças rivais, por exemplo, na região do Pacífico e do Atlântico,” mas sublinha que “na Europa, até agora, as ameaças centravam-se no setor automóvel alemão”.
A balança comercial entre os dois blocos é favorável à União Europeia, mas o volume de negócios tem crescido de parte a parte. Ultrapassa por esta altura os 800 mil milhões de dólares.
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A Comissária europeia do Comércio espera ainda inverter a decisão. Esta segunda-feira, Cecilia Malmström garantiu que vai “lutar até ao fim” para impedir a administração norte-americana de aplicar tarifas adicionais.