© Reuters. Redes sociais e meios ocidentais calados na Rússia
“Site indisponível” – É a mensagem que os russos veem no ecrã quando tentam aceder à rede social Facebook (NASDAQ:). O governo russo proibiu o acesso ao Facebook e também ao Twitter, as principais redes sociais, ao mesmo tempo em que introduziu uma nova lei que pune com pena de prisão quem divulgar informaçãoes que o executivo consideram falsas. Depois da proibição do canal Russia Today na União Europeia e outros países ocidentais, a Rússia proibiu também vários meios de comunicação ocidentais ou pró-ocidentais, incluindo rádios e televisões, incluindo a BBC, a Deutsche Welle ou a Rádio Europa Livre,
Dia Alicia Wanless, diretora de parcerias do Carnegie Endowment for International Peace: “O bloqueio aos media estatais encorajou uma resposta por parte da Rússia, que é a de bloquear meios com sede no ocidente e são uma via importante de expressão para russos proeminentes descontentes com a guerra. Ao mesmo tempo, torna-se maius difícil passar mensagens como a de Zelenskyy, que apelam aos russos para não apoiarem esta invasão”.
A CNN decidiu deixar de emitir na Rússia e cancelou todos os programas feitos a partir do país. Outros canais, como a BBC e a Bloomberg, retiraram todos os jornalistas a trabalhar no país, ao mesmo tempo que canais russos críticos do regime, como a TV Dojd, são encerrados.
Última emissão da TV Dojd (Chuva) – apresentadores deixam estúdio em protesto, com gritos de “no pasarán” e “não à guerra”.
Apesar da repressão, os russos continuam a sair às ruas para protestarem cointra a guerra. Estima-se que mais de seis mil manifestantes tenham já sido presos.