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A inauguração do TurkStream não é só um passo importante nas relações entre a Rússia e a Turquia, é também um marco na evolução do mercado da energia, que pode vir a ter grandes consequências.
É um gasoduto com 910 quilómetros de extensão, sob o Mar Negro, ligando a Rússia à Turquia.
O projeto consiste em dois tubos. Quando a Turquia tiver recebido metade dos 31,5 mil milhões de metros cúbicos da capacidade, a outra metade irá para a Europa do sudeste. A estrutura vai fornecer gás à Bulgária, sérvia, Hungria e Eslováquia.
A maior parte do gás russo tem sido entregue à Europa através da da Ucrânia, mas as relações entre Moscovo e Kiev deterioraram-se seriamente desde a anexação da Crimeia e do início do conflito no leste ucraniano em 2014. A Rússia procura passar por outras vias, enquanto a Europa procura fontes alternativas de gás.
Mas a Rússia continua a ser o grande fornecedor e representa 40% de todo o que chega à Europa.
Um número que na Alemanha, maior economia europeia, chega aos 75% e aos 50% em países como a Itália ou a Holanda.
Com o TurkStream, a Rússia ganha novas rotas para fornecer o mercado de gás da União Europeia.