© Reuters. Sanções à Bielorrússia complicam voos
A recomendação de contornar o espaço aéreo bielorrusso representa mais uma complicação para as companhias aéreas, em tempos de pandemia.
Para além de, em conjunto com a Ucrânia e o Reino Unido, ter fechado o espaço aéreo aos aviões vindos da Bielorrússia, a União Europeia pediu às transportadoras aéreas para evitarem entrar na área de influência de Minsk.
Várias companhias europeias, como a Air France-KLM, a Lufthansa (DE:), a Finnair ou a SAS, tal como congéneres asiáticas, como a Singapore Airlines ou a ANA, já estão a contornar o espaço aéreo da Bielorrússia que, em tempo normal, vê passar semanalmente 2500 voos comerciais, segundo a Eurocontrol, a Organização Europeia para a Segurança da Navegação Aérea.
Apesar da Rússia ser aliada de Minsk, os russos também sentem o impacto das restrições.
Vadim Lukashevich, perito em aviação: “Atualmente, os russos não podem voar de Moscovo para Kiev, por isso fazem escala em Minsk ou na Turquia. Por isso será mais difícil para os passageiros e também para a Bielorrússia. Quem for um residente da Bielorrússia, deixará de ter uma companhia onde poderá voar. E o país também deixará de receber o dinheiro que recebia pelo tráfego que atravessava o seu espaço aéreo.”
Para as ligações entre a Europa e a Ásia, contornar a Bielorrússia representa uma complicação adicional nos planos de voo, mas existem várias rotas alternativas. Para as ligações mais curtas, a situação é mais complicada e pode, segundo os especialistas, alongar bastante os tempos de voo.