Trabalhadores de gigantes tecnológicas aderem à Greve Mundial pelo Clima


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Funcionários do Facebook, Google (NASDAQ:), Microsoft (NASDAQ:) e Amazon (NASDAQ:) aderiram à Greve Mundial pelo Clima, liderados pelo grupo Empregados da Amazon pela Justiça Climática.

A pressão coletiva funciona. A Amazon anunciou um compromisso climático.

“O compromisso climático é cumprir as metas do acordo de Paris dez anos antes,” revelou o CEO da Amazon, Jeff Bezos.

A Coligação dos Trabalhadores em Tecnologia queria ainda mais cedo:

– Emissões zero de carbono até 2030

– Zero contratos com empresas de combustíveis fósseis

– Financiamento zero do lobby de negação climática

– Zero danos para os refugiados climáticos.

A Coligação diz que a indústria de tecnologia promove uma imagem “verde”, enquanto contribui para as mudanças climáticas.

Isso acontece através de:

– Pegada oculta de carbono das Tecnológicas.

A indústria de computação contribui com 2% das emissões globais de carbono, semelhante à totalidade da indústria de aviação.

Em junho, a Amazon anunciou a expansão da própria rede de distribuição aérea, a Amazon Air, aumentando a frota de 40 para 70 aviões até 2021.

– Colaboração das tecnológicas com as grandes petrolíferas.

No ano passado, a Amazon organizou um evento chamado “Prevendo o próximo campo de petróleo em segundos com Inteligência Artificial”, enquanto a Microsoft, numa das suas conferências, focou “Capacitar petróleo e gás com Inteligência Artificial”.

– Repressão tecnológica sobre refugiados climáticos e comunidades vulneráveis

O NY Times noticiou que o clima extremo provocou um deslocamento recorde de 7 milhões de pessoas, só no primeiro semestre de 2019.

De acordo com ativistas, algumas empresas tecnológicas, incluindo a Amazon, podem estar a vender tecnologia que está a ser usada para policiar e vigiar comunidades vulneráveis.

“Ser bom para o clima é bom para os negócios” – diz a Comissão Global de Adaptação, um think tank internacional presidido pela grande lenda da tecnologia Bill Gates e pela Chefe Executiva do Banco Mundial, que pode ser a próxima chefe do FMI, Kristalina Georgieva.

De acordo com o relatório da Comissão, investir 1,6 biliões de euros em cinco áreas, entre 2020 e 2030, poderia gerar 6,5 biliões e meio de benefícios líquidos totais

O dinheiro deve ser direcionado para 5 áreas:

– sistemas de alerta precoce,

– infraestruturas resilientes ao clima,

– melhor agricultura de sequeiro,

– proteção global de manguezais

– recursos hídricos resilientes