HSBC com cortes de pessoal em perspetiva


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O banco britânico HSBC (LON:) quer reduzir os custos com o pessoal. De acordo com o jornal económico Financial Times, a instituição deverá cortar até 10 mil postos de trabalho, o que representa mais de 4 por cento força de trabalho.

“Desta vez os cortes vão afetar os trabalhadores com salários mais elevados. Creio que a razão se prende uma produtividade aquém da esperada. É que as receitas estão a atravessar um momento difícil. Penso que deverão querer manter a força de vendas e o backoffice por isso não há muito mais para cortar. É por isso que agora o pessoal mais bem pago está no fio da navalha” – refere Alex Wong, gestor de fundos financeiros em Hong Kong.

O banco não comentou esta informação. Há dois meses foi anunciada a supressão de 4 mil postos de trabalho, uma reestruturação com o Brexit e as guerras comerciais que ameaçam as transações globais como pano de fundo. Também em agosto, o HSBC viu o diretor-executivo, John Flint, bater com a porta. O novo patrão, Noel Quinn, pretende desenvolver as operações na Ásia, onde as receitas são mais elevadas.

Apesar destas notícias, o banco britânico viu a receita líquida subir 18,6 por cento no primeiro semestre deste ano, relativamente ao período homólogo de 2018.

No final do mês o HSBC publica os resultados do terceiro trimestre e deverá pronunciar-se sobre a supressão de postos de trabalho,